HARRY CROWL, compozitor si muzicolog brazilian, s-a nascut in orasul Belo Horizonte, la 1958, de tata american si mama braziliana. Traieste in orasul Curitiba din 1994. si este casatorit cu Rosemari Enns Crowl (2003). Harry Crowl are un catalog cu peste 100 de opere din toate genuri, iar muzica sa este interpretata pe sali de concerte si difuzata prin radio in mai multe parti din Brazilia precum si in aproape toate continente. Operele sale pana acum au fost interpretate si inregistrate de mai multe grupuri si interpreti brazilieni si straini, cum ar fi Camerata Antíqua din Curitiba, Orchestra de Camera din Curitiba, Orchestra Simfonica din Paraná, Orchestra de Camera din Amazonas, Cvartet Moyzes (Slovacia), George Crumb Trio (Austria) Trio Fibonacci (Canada), Ensemble MD7 (Slovenia), Violoncelissimo (România), Duo Clarineta ao Piano (Brazilia/SUA). In calitate de compozitor, colaboreaza cu regizorii de film brazilieni Frederico Füllgraff si Fernando Severo. A primit premiul de cea mai buna muzica la Festivalul de Cinema din Curitiba (2003) pentru coloana sonora a filmului “Visionários”, al lui Fernando Severo. Este Profesor la Scoala de Muzica si Arte Frumoase din Paraná si Director Artistic al Orchestrei Filarmonice UFPR. Este Presedinte al Societatii Braziliene de Muzica Contemporana (SBMC – ISCM, Brazilian Section). Este producator-colaborator la Radio Paraná Educativa FM. A fost primul compozitor rezident latino-american la Visby Internationella Tonsättar Centrum (Centrul International pentru Compozitori din Visby), in Suedia, la invitatia acelei institutiei, in anul 2006. La sfarsitul anului trecut,
Harry Crowl a fost la Bucuresti, la invitatia festivalului “Meridian”, organizat de sectia romana a Societatii Internationale de Muzica Contemporana, ocazie in care a ascultat prima executare a operei sale
Sinfonia no. 3 para 8 Violoncelos (2006), dedicata violoncelistului Marin Cazacu si grupului sau " Violoncelissimo"
. Pentru 2007 sunt programati, la Bucuresti, prima executare a operei sale “
De Fluminibus” (2006), pentru orchestra de coarde, de catre Orchestra de Camera Radio si, la Sofia, un concert cu opere sale si ale altor compozitori brazilieni contemporani.
Harry Crowl ne-a facut placerea de a vorbi un pic despre calatoria lui in România, in fata casei taranesti de la Jurilovca, la Muzeul Satului din Bucuresti:
TPRB: Harry, como se produziu sua primeira vinda à Romênia? E que expectativas a rodeavam?
HC: Durante o festival "Dias Mundiais da Música 2003", na Eslovênia, conheci os compositores Sorin Lerescu, Doina Rotaru e Mihaela Vosganian que representavam a seção romena da SIMC (sociedade internacional de música contemporânea). Houve uma empatia muito forte com eles. Voltei a encontrá-los nos "Dias Mundiais da Música", em 2004, na Suíça e em 2005, na Croácia. Nesse ínterim, eles me deram muitos Cds de música romena contemporânea, especialmente de suas obras. O que me chamou a atenção foi o fato de que a música deles não parecia se enquadrar muito claramente às correntes estabelecidas da música contemporânea ocidental. Fiz alguns programas de música romena aqui na Rádio Educativa do Paraná e também na Rádio MEC, no Rio de Janeiro. Algumas pessoas entraram em contato comigo querendo saber mais sobre aquela música que guardava um aspecto muito expressivo e até mesmo romântico, mas utilizava algumas técnicas das escolas francesa e polonesa dos anos 60 e 70. Isso me fez ficar muito curioso em relação à vida musical na Romênia. Sempre tive muito respeito pela vida musical dos países da Europa do leste. Além disso, o interesse pela Romênia sempre foi especial devido ao fato de ser um país latino com um influxo cultural muito diversificado e um espírito e língua muito próximos do Brasil. Em 2005, a Doina Rotaru me escreveu dizendo que tinha entrado em contato com o violoncelista Marin Cazacu e falado com ele sobre o meu projeto de escrever uma sinfonia para 8 violoncelos. Já no início de 2006, recebi um convite muito simpático do Sorin Lerescu para participar do festival “Meridian” organizado por ele. A expectativa era grande, pois já conhecera a alta qualidade dos grupos e orquestras romenas através de gravações.
TPRB: Que novidades a Romênia lhe proporcionou? Harry Crowl foi embora da mesma maneira que veio, ou voltou outro ao Brasil?
HC: Na verdade, não sabia o que ia encontrar. Sentia que havia muito desconhecimento sobre o país em muitas partes. Aqui no Brasil, não se sabe quase nada sobre a Romênia. A maioria das pessoas fica muito surpreendida ao descobrir que a Romênia é um país latino e com muitos pontos em comum com Brasil. O que mais me impressionou foi a diversidade cultural. Tinha alguma idéia disso, mas quando me deparei com a realidade, percebi que se tratava de um universo muito mais rico do que podia imaginar. Logo no primeiro dia, liguei a TV no quarto do hotel e assisti a um programa sobre a influência do folclore romeno na música de Bártok. O canal é falado em romeno e húngaro, com um sistema de legendas muito desenvolvido. Aquilo foi como se eu tivesse chegado em casa. Não que eu ouça essas línguas em casa, mas procuro cercar-me de música erudita por todos os lados sempre. Já que música como expressão artística ocupa um espaço quase nulo na nossa sociedade. Mas, voltando a Bucareste, fiquei muito impressionado com os museus, a Rádio România e seus corpos artísticos como as duas orquestras e dois coros.
TPRB: Que frutos concretos sua visita à Romênia desencadeou? Quais são as perspectivas de um estreitamento na relação entre o Brasil e a Romênia na área da música erudita?
HC: Para mim, pessoalmente, abriu-se um campo muito promissor. Senti uma receptividade muito boa para a minha obra. Parece-me que a Romênia se sente um pouco isolada do resto mundo e tem uma vontade enorme de ver e se mostrar. Devo voltar este ano a Bucareste para assistir à estréia da minha obra “De Fluminibus” (2006), para orquestra de cordas, pela Orquestra de Câmara da Rádio Romena. Pretendo também estimular um intercâmbio entre instituições acadêmicas e culturais daqui do Paraná com a Romênia. No momento, estamos negociando uma parceria entre a Rádio Romena e a Paraná Educativa FM.
TPRB: Ao seu ver, qual é ou qual pode ser o papel da Romênia, como país e como cultura, no panorama ocidental?
HC: Talvez, depois que superarem suas diferenças com as culturas das minorias étnicas, a Romênia possa vir a ser um grande exemplo de convivência entre culturas distintas. A herança e a solidez das instituições da época socialista servem de base para a construção de um futuro mais autocrítico que não acredito que vá permitir uma invasão neoliberalizante descontrolada. O país tem um grande potencial humano, cultural e econômico. Acho algo muito interessante o fato de ser uma cultura latina, com temperos eslavos e turcos e ainda seguir a igreja ortodoxa, e não a Católica Romana.
TPRB: Se eu lhe pedisse para sintetizar musicalmente o conjunto de sensações que a Romênia provocou no seu íntimo, como ele soaria?
HC: Venho pensando numa obra que contemple a minha experiência na Romênia. Algo que seja aparentemente reprimido, mas com muita vontade de vir à tona. Usaria talvez, como ponto de partida, uma melodia da liturgia ortodoxa bem mascarada entrecortada com ritmos irregulares até uma explosão sonora com uma grande diversidade de cores de timbres que caminharia para uma harmonia constante que uniria elementos diversos em direção a uma consonância bem colorida e tranqüila.
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