22.6.10

Celso Amorim em Bucareste

O Chanceler Celso Amorim realizou hoje visita histórica a Bucareste, a convite de Teodor Baconschi, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Romênia. No contexto dos mais de 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países, trata-se da primeira visita de um chanceler brasileiro, além de ser a primeira de um ministro das relações exteriores latino-americano desde a adesão da Romênia à União Européia.

Amorim e Baconschi analisaram o atual estádio das relações bilaterais, no sentido de criar as premissas para uma cooperação pragmática e substancial, sobretudo no campo econômico. A agenda do encontro ainda incluiu assuntos de interesse regional e global, como por exemplo a reforma do Conselho de Segurança da ONU, a questão nuclear iraniana e a reunião do G-20 em Toronto.

Ao término das conversações, os dois Ministros de Estado participaram de uma conferência de imprensa, na sede da Chancelaria romena.

Fonte: Ministério dos Negócios Estrangeiros da Romênia

10.6.10

Selos brasileiros em Bucareste

Graças à frutuosa colaboração da Embaixada do Brasil em Bucareste com o Museu Nacional Filatélico, foi inaugurada hoje de manhã, no salão Butculescu daquela instituição, a exposição "Janelas para o Brasil", composta por coleções de selos postais que refletem diversos aspectos da cultura brasileira e que já foram exitosamente expostas em Belgrado e Sófia.

Em seus discursos, os embaixadores Vitor Gobato e Petre Dumitriu lembraram a feliz coincidência de Brasil e Romênia terem ambos sido pioneiros na emissão de selos postais - o Brasil como o segundo país no mundo a emitir selos de circulação nacional, a Romênia como o primeiro país desta parte da Europa. A denominação dos selos também se aparentam: o olho-de-boi brasileiro (1843) e o cabeça-de-boi moldavo (1858) constituem hoje peças de resistência em qualquer coleção de selos mais séria.

Da abertura participou numeroso público, dentre eles diplomatas latino-americanos, autoridades do correio romeno e do Ministério das Comunicações, filatelistas, jornalistas e amigos do Brasil, que, após visitar a exposição ao som de música brasileira ambiente, foi convidado a um coquetel para celebrar a exposição, que permanecerá aberta ao público até o dia 10 de julho de 2010.

Pedro II em Iasi (2)

Sublinhando sua importância como capital da Moldávia entre 1564 e 1859, Iasi pode se orgulhar de duas grandes visitas de potestades em sua área. Embora permaneça debaixo de espessos e controvertidos véus - o do tempo e o do interesse geopolítico - o encontro ocorrido entre o príncipe moldavo Dimitrie Cantemir e o tzar Pedro o Grande em Iasi, em junho de 1711, há dados contundentes que comprovam a visita que o Imperador do Brasil realizou à cidade 165 anos mais tarde.

Os apontamentos de Pedro d'Alcântara não deixam sombra de dúvidas quanto ao célebre encontro com o jovem Eminescu, mencionado na postagem anterior. Como também noticiam o apreço que o soberano nutriu por uma jovem estudante de canto que viria a se tornar a famosa soprano lírica Hariclea Darclée (na foto), apreciada por Verdi e Puccini, dentre tantos outros profissionais da música de sua época. Ao ouvi-la num recital exclusivo realizado no Palácio Roznovanu de Iasi, o imperador teria exclamado: "É o rouxinol romeno!"

O pesquisador Couto Bulhões ainda encontrou, dentre as anotações esparsas em papeluchos soltos que fazem parte dos apontamentos do soberano brasileiro, memórias de cunho bem menos formal, que parecem remeter a Natalia Kescu, bela moldava de origens nobres, que alguns anos mais tarde viria a se tornar, por casamento, rainha da Sérvia: "Não logro escapar dos olhares penetrantes de Natalia, formosa moldava que freqüenta os círculos do Palácio Rosnovano." Cabe lembrar que Dom Pedro II deixara a Imperatriz Tereza Cristina em Odessa antes de empreender o seu périplo por terras romenas. [A continuar.]

9.6.10

Dom Pedro II em Iasi

Era conhecida a predileção do imperador brasileiro em viajar incógnito. Pesava-lhe a coroa, gostava de cruzar as fronteiras e de ser recebido simplesmente como Pedro d'Alcântara. O cerimonial o enfastiava e tomava seu tempo, que preferia usar para conhecer lugares novos, conversar com grandes personalidades de sua época e estudar.

Sua viagem, em 1876, por aquilo que é hoje o atual território da Romênia, deve ter tido muito sucesso nesse sentido, pois são raríssimas as fontes que mencionam sua passagem. Segundo Couto Bulhões, após partir de São Petersburgo no início de setembro para Moscou, Dom Pedro II teria chegado em 18 de setembro à Criméia, para se encontrar com o tzar Alexandre II em sua residência de verão. Em 14 de novembro de 1876, o imperador chegava ao porto de Beirute. Ora, deparamo-nos aqui com quase 2 meses sobre os quais se conhece apenas a sua passagem por Odessa - onde foi convidado a ler a Torá na sinagoga local no dia 22 de setembro -, Constantinopla e Atenas. Onde teria passado Pedro d'Alcântara o resto de todo aquele tempo?

Couto Bulhões, tenaz em sua minuciosa pesquisa e tendo acesso a inúmeros arquivos, descobriu o registro de um certo Conde "Petru Alcantara" como hóspede especial de Carol I no Palácio Roznovanu de Iasi em 29 de setembro de 1876.

Parece que o soberano brasileiro insistira em visitar a capital moldava sobretudo para conhecer Avram Goldfaden, artista sobre o qual ouvira falar em Odessa e que acabara de se instalar em Iasi e lá fundar o primeiro teatro iídiche do mundo.

Infelizmente não se sabe com certeza se o encontro com Goldfaden aconteceu, mas outro, relativamente mais importante, teve lugar em Iasi com o diretor da Biblioteca Central, um jovem brilhante de 26 anos e cabelos fartos que era ninguém mais ninguém menos que Mihai Eminescu - o poeta nacional romeno (retrato ao lado, de 1869), que se tornou seu cicerone ao guiá-lo pelo Museu de História Natural, o Jardim Botânico, a Universidade de Medicina - primeiras instituições desse tipo no território romeno -, o parque Copou e o mosteiro Trei Ierarhi.

"Almocei com Eminesco, que logo conheci pela fotografia. De Eminesco não é preciso falar. Deu-me um maço de poemas de sua própria lavra, impressos na revista Convorbiri literare e, depois do almoço, passeamos bastante pelo parque Copou, fazendo-me ele muitas perguntas acerca do Brasil", anotou Dom Pedro II em seus apontamentos de viagem. [A continuar.]

8.6.10

Exposição de selos brasileiros em Bucareste

O Museu Nacional Filatélico (Calea Victoriei 12, Bucareste) inagurará quinta-feira, 10 de junho, às 11 horas, a exposição filatélica “Janelas para o Brasil”, organizada pela Embaixada do Brasil em Bucareste.

A exposição é formada por quatro coleções, por cujo intermédio o público romeno terá a possibilidade de conhecer melhor o Brasil.

A coleção “Janelas para o Mundo” apresenta selos emitidos no Brasil entre 2005 e 2007, com o objetivo de familiarizar o público com o maravilhoso mundo dos selos. Os selos ilustram esportes, valores culturais e naturais brasileiros, mostrando cenas da vida quotidiana dos brasileiros vistas através de janelas.

A coleção “O indígena e a proteção da natureza”, formada por selos emitidos pela EBCT, foi realizada graças à colaboração com a FUNAI. A coleção mostra o indígena e suas origens, sua luta pela sobrevivência, sua arte e modo de vida, revelando também os problemas da integração cultural. A coleção reflete o papel do indígena na proteção da natureza e na luta pela sua terra.

O futebol, paixão nacional dos brasileiros, é o tema da coleção “Transformando a arte do futebol em selos”, realizada pela EBCT para marcar os 50 anos da conquista brasileira da primeira copa mundial, em 1958. As 23 lâminas que compõem essa coleção apresentam selos brasileiros dedicados ao futebol, no período 1957-2007. Ao longo da história do futebol, o correio brasileiro comemorou, por meio dos selos postais, as glórias e as conquistas desse esporte amado por todos os brasileiros e que foi consagrado pela genialidade de jogadores como Garrincha, Pelé, Nilton Santos, Didi, Ronaldo, Kaká e Lúcio.

Os visitantes do Museu Nacional Filatélico poderão ainda descobrir o “Universo postal através da visão feminina”. A coleção reúne selos concebidos por seis artistas mulheres que colaboraram com a EBCT nos anos 70 e 90 do século passado, oferecendo feminilidade, beleza e graça aos desenhos da filatelia brasileira. Elas são Ivonne e Rosalia Demonte, Lucia Ramos, Martha Poppe, Pietrina Checcaci e Raquel Braga. Formadas em belas artes, marketing, publicidade e com experiência como ilustradoras de livros e revistas, as criadoras dos selos expostos nessa coleção foram premiadas em vários salões de arte.

A exposição poderá ser visitada até 10 de julho de 2010.

7.6.10

III Festival de Capoeira em Iasi

Entre 3 e 6 de junho de 2010, ocorreu em Iasi o III Festival Internacional de Capoeira, organizado pela Associação Esportiva K-Noi sob a direção de Iulian Dumitru, com a participação de mestres capoeiristas brasileiros e com o apoio da Embaixada do Brasil em Bucareste.