Bogdan Plech, copil de tata brazilian si mama romanca, este un tanar muzician brazilian nascut in Aracaju si care traieste in Nordestul Braziliei. In anul 2004 el a inregistrat un CD cu cantece din Bossa Nova in limba romana. Iata interviul pe care Bogdan ni l-a dat:
TPRB: Bogdan, conte-nos um pouco de suas raízes romenas e de como seus pais se conheceram.
BP: Meus pais se conheceram na Romênia na década de 60. Meu pai era estudante no Conservatório de Música Ciprian Porumbescu a convite do governo romeno e minha mãe, estudante de Letras. Então eles se conheceram coincidentemente num clube de xadrez.
TPRB: Como a música entrou na sua vida? Em que momento você decidiu se tornar músico? Como se deu sua formação musical e quais têm sido suas atividades na área?
BP: Não preciso redundar, pois meu pai e meu avô já eram músicos! Só que o diferencial é que eles eram na música erudita. Minha formação acadêmica é em Ciências da Comunicação, mas minha paixão sempre foi a música. E o violão eu toco desde os 20 anos de idade.
TPRB: Como você vê o papel da música brasileira na difusão da nossa cultura? Quais os seus projetos pessoais nesse sentido?
BP: A música brasileira, no meu ponto de vista, é a mais bonita do mundo, e isso porque ela é a fusão do ritmo mais sofisticado que existe, que é o samba, com as melodias mais lindas que já foram feitas por compositores geniais da nossa MPB. Mas como gosto é algo pessoal e é algo que não se discute, eu enfatizo o anteriormente dito: " no meu ponto de vista". Não tenho um "Projeto Pessoal". Só tenho um "Prazer Pessoal" que é cantar. Eu sempre levei a vida na flauta... e "deixo a vida me levar" como na música do Zeca Pagodinho. Nunca me preocupei com o futuro. Curto o presente como se fosse meu último dia, pois o futuro a Deus pertence. O importante é viver o momento e ser feliz.
TPRB: Como é a sua ligação pessoal com a Romênia? Você já visitou o país? Que semelhanças e/ou diferenças você vê entre o Brasil e a Romênia?
BP: Conheço a Romênia e inclusive fiz a sexta série aí na Escola 49 em 1981-1982. Na época, eu tinha uns 12 anos de idade. Essa escola era perto do Estádio 23 August. Minha ligação com a Romênia é de consideração, pois é o país onde minha mãe nasceu. Além do mais, sou ortodoxo de batismo, então tem uma ligação religiosa também. As diferenças entre o Brasil e a Romênia são grandes, eu sou do Nordeste e o nordestino é gozador, sorridente, tira onda com todo mundo etc. O romeno não é muito diferente do grego ou do italiano, ele é europeu e tipicamente age como um europeu. Eles são mais sérios, levam a vida a sério. O que eu estranhei quando estive na Romênia foi a reserva das pessoas, como se fossem desconfiadas, demoram bastante para fazer amizade e as pessoas não têm tempo para ficar batendo papo na rua como aqui, a correria é grande. Quando eu falei para o meu tio romeno que aqui em Salvador você pára na rua e começa a bater papo com o indivíduo estranho e ele já te convida para dormir na casa dele, para tomar uma cervejinha no domingo (que você já é de casa), ele estranhou e achou que era mentira minha. Mas no fundo o romeno é bastante humano quando faz amizade com a gente. Ele faz parte daquela parte humana da Europa, que inclui os países do sul, onde o povo é mais moreno e simpático. Tem um calor humano que cativa.
TPRB: Fale-nos um pouco desse projeto de interpretar canções da bossa nova em romeno.
BP: Esse projeto nasceu em 2001 numa conversa com o professor do Conservatório de Joinville, Jair Corrêa, onde eu falei da idéia e o professor achou muito legal. Então eu coloquei o projeto em prática em 2002. A gravação do CD durou dois anos pois trabalhei mais ou menos em média uns 3 a 4 meses em cada música. Geralmente eu ensaio bastante uma música antes de tocar, mas quando chego no estúdio é rápido, no máximo 10 minutos (2 ou 3 repetições). A maioria das músicas foram traduzidas por minha mãe, que fez as correções gramaticais. Foram umas 12 músicas e eu gravei 7; aquelas que combinaram melhor com o ritmo da fonética, pois tem músicas que não permitem a interpretação do fonema em cima do som de modo que ele acabe no compasso exato junto com a batida do violão. No fim deu tudo certo. No momento estou trabalhando no meu segundo CD que é só em português e que ficará pronto esse ano, mas algumas músicas já estão no meu site para vocês escutarem.
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